segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Maldito carrosel!

A pergunta que mais me têm feito é, porque raio é que as várias bióspias não deram resultados e foi preciso fazer esta última tão dolorosa?

Tudo começou com a veia no braço que entupiu, a tal TVP (trombose venosa profunda), isto aconteceu porque, a massa que ele tem no tórax, mais concretamente no mediastino, está a comprimir a estruturas adjacentes e com isso compromete o seu funcionamento normal. Ora, a massa cresceu e apertou a veia, o sangue circulou pelo braço e quando estava para "passar de volta", tinha o caminho interrompido, a veia estava impermeável, ou seja não deixava passar líquido. O sangue quando não circula começa a coagular e daí começou a TVP.

Quando surge o gânglio no pescoço, na primeira tentiva de fazer biópsia com agulhas, ele estava medicado com varfine e heparina que são medicamentos que servem para não deixar que o sangue coagule e para o tornar mais líquido, com objectivo de se ultrapassar a TVP. Para fazer a biópsia, foi-lhe retirado um medicamento que torna o sangue mais liquido(varfine), pois senão numa intervenção isso seria um problema grave como podem imaginar, mas tinha de continuar a tomar as injecções, aquelas que ele dá a ele próprio, todos os dias, para impedir o sangue de formar coágulos.
Ora, quando lhe fizeram a bióspia, isto foi um grande problema, pois a agulha apanhou essencialmente foi sangue, porque qualquer intervenção causa uma hemorrogia maior que o normal e foi o que aconteceu.

Na segunda biópsia, que retiraram parte do gânglio, e em que só tiraram tecido inflamatório, não tiraram o gânglio todo, porque não dava, ele não estava acessível, pois está junto às veias principais e não se podia mexer, o risco era demasiado elevado para qualquer pessoa, quanto mais para uma pessoa que esta a tomar medicação que ele toma. Corriam o risco de lhe provocar uma hemorrogia que não conseguiam controlar.

Perante isto, veio a tal Mediastinotomia, que, supostamente deveria de ser infalível, mas nada o é. O diagnóstico de quisto, segundo o que nos foi explicado por mais do que um médico, faz sentido, pois pelos vistos, a nossa tiróide às vezes afunda (foi mesmo este o termo utilizado) e provavelmente a dele deve extender-se até mais abaixo e ao retirarem aquilo que pensavam ser a tal massa que se vê no TAC, concerteza que à frente dessa massa está a tiróide dele e foi isso que foi retirado e analisado. Porque quisto na tiróide é uma coisa muitas vezes as pessoas têm, sem qualquer problema associado, e provavelmente é o que lhe terá acontecido.

Depois disto, a nova bióspia guiada por Eco e com agulhas foi mais uma tentativa de não usar métodos tão agressivos. Mas novamente não deu, foi noutro gânglio, mas que mais uma vez está completamente "emaranhado" entre veias principais, carótida e jugular, tal como o primeiro que foi analisado e mais uma vez dificultou o trabalho. Mesmo assim foi retirado material e deu novamente inconclusivo.

E foi assim que se chegou a esta última operação, depois de se ter tentado tudo para evitar que fosse feita.

E assim ficou o rapaz todo estraçalhado...tem uma cicatriz no pescoço, uma no peito e agora a das costas que vai desde lado, no tronco, até meio das costas. Bem, por mim é igual, até pode ter uma de dois em dois cêntimetros até aos pés...desde que fique bom!

Ele diz que esta vai ser a futura conversa dele na praia:
- Esta, foi um cavalo. Esta foi uma zebra e esta foi um elefante!
-Então e depois!?
- Se o carrossel não pára partia-me todo!!!!

O que vale é que ele tem sentido de humor!!

1 comentário:

  1. Ahahahah a brincar no carrossel dá sempre asneira :)

    Beijinhos,

    Márcia Roldão

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